Endometriose

O útero é um dos principais órgãos reprodutivos femininos. É nele que se desenvolve o embrião até o nascimento da criança.

O útero é formado por três camadas: perimétrio (externa), miométrio (intermediária) e endométrio (interna). É no endométrio que o embrião se fixa depois da concepção. Se o endométrio apresentar alguma alteração, a mulher pode se tornar infértil.

A endometriose é uma doença benigna que se caracteriza pelo crescimento do tecido endometrial em outras partes do corpo feminino, principalmente em órgãos da pelve, próximos ao endométrio, como os ovários, as trompas, os intestinos e a bexiga. No entanto, há casos de crescimento do tecido endometrial em outras partes do corpo. A doença é uma das principais causas de infertilidade feminina, com mais de 6 milhões de casos somente no Brasil.

Em cada ciclo menstrual, o endométrio passa por uma preparação hormonal para receber o embrião. Nessa preparação, ele se torna mais espesso para facilitar uma possível fixação embrionária. Se houver a fecundação, o embrião migra das trompas para o útero e se aloja no endométrio. Caso não haja a fecundação, o material endometrial responsável pelo espessamento se descola das paredes e é eliminado na menstruação.

Em razão de sua relação com a menstruação, a endometriose pode ocorrer durante toda a vida reprodutiva da mulher, que vai da primeira à última menstruação, da menarca à menopausa.

A endometriose é uma doença que pode levar à infertilidade, portanto é muito importante tratá-la. No entanto, é difícil diagnosticá-la e muitas mulheres levam anos para saber que são portadoras da doença.

Causas

Não há uma determinação clara das causas da endometriose, mas as mais comuns observadas são: o fluxo retrógrado do sangue e fatores genéticos. Em alguns ciclos, uma parte do sangue que deveria ser eliminado durante a menstruação segue em outro sentido e se aloja em outros órgãos, como nos ovários, provocando a endometriose. A doença também está ligada a alterações genéticas.

Sintomas

Fazer o diagnóstico da endometriose é difícil principalmente porque os sintomas nem sempre são intensos o suficiente para a mulher procurar um médico e pelo fato de, muitas vezes, serem similares aos de outras doenças. Alguns desses sintomas são:

Em alguns casos, as dores provocadas pela endometriose impedem que a mulher realize tarefas simples do dia a dia, devido a sua alta intensidade.

Exames

Para investigar e diagnosticar a endometriose, o médico pode realizar ou solicitar os seguintes exames:

Se os exames indicarem alguma alteração que possa ser indício de endometriose, o médico pode solicitar uma biópsia para avaliar a extensão do comprometimento e confirmar o diagnóstico. Essa avaliação é feita, geralmente, por videolaparoscopia ou videohisteroscopia.

Diagnóstico e tratamentos

O tratamento pode ser cirúrgico ou com medicamentos, de acordo com a gravidade e tipo da doença. O médico avalia cada caso para propor o melhor tratamento.

O tratamento com medicamentos, muitas vezes, reduz os sintomas da doença, mas não a elimina. Os medicamentos mais indicados são os analgésicos, os anti-inflamatórios e alguns anticoncepcionais.

Já os tratamentos cirúrgicos são indicados para corrigir e tentar eliminar a doença. A própria videolaparoscopia ou a videohisteroscopia, no momento da biópsia, podem tratar a doença e retirar os focos. Nos casos mais graves, é necessário retirar o órgão afetado. Porém, antes de qualquer intervenção cirúrgica, é muito importante a orientação de um especialista em reprodução assistida a fim de buscar meios de preservar a fertilidade da paciente.

A gravidez é considerada um tratamento para a endometriose, já que a doença é dependente do estrogênio. Ao longo da gravidez, os níveis do hormônio reduzem, provocando a regressão da doença. Há casos em que a mulher fica curada da doença após a gravidez.

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