Mioma uterino

Os miomas uterinos talvez sejam a doença mais conhecida do público feminino por se tratar de uma das mais comuns a se manifestarem durante a idade reprodutiva, principalmente entre os 30 e os 50 anos. Estima-se que aproximadamente 50% das mulheres desenvolvem miomas em algum momento de sua vida reprodutiva.

Os miomas ou fibromiomas uterinos são tumores benignos que aparecem no útero devido a um distúrbio hormonal que provoca o surgimento de nódulos formados do material da camada intermediária de músculo liso do útero, o miométrio.

O crescimento dos nódulos (é mais comum que os miomas sejam múltiplos) pode variar em velocidade e direção, portanto há alguns tipos de miomas. Os nódulos podem ter crescimento lento ou aumentar de forma abrupta. Dependendo da gravidade, o útero pode ter sua forma alterada e provocar outros tipos de problema.

Aspectos dos miomas e fatores de risco

Os miomas são formações nodulares esbranquiçadas e de consistência densa que podem crescer para fora ou para dentro do útero, de forma lenta ou rápida.

Os miomas, devido à sua natureza, geralmente se apresentam em sua forma múltipla, quando várias formações nodulares podem ser identificadas.

Algumas condições elevam a predisposição para desenvolver a doença:

Os hormônios ligados ao controle da ovulação e ao desenvolvimento das características femininas, conhecidos como estrogênios, são os responsáveis pelo desenvolvimento da doença, por isso os miomas estão relacionados ao período reprodutivo da mulher.

Tipos de miomas

Os miomas são classificados em: subserosos, intramurais e submucosos.

Os miomas subserosos se desenvolvem na parte mais externa do útero e crescem, em sua maioria, para fora do órgão, podendo prejudicar os órgãos próximos, embora não interfira no ciclo menstrual.

Os miomas intramurais se desenvolvem dentro da parede do útero e crescem, aumentando o volume uterino. Por serem internos ao útero, aumentam o fluxo menstrual e causam dor na região.

Os miomas submucosos se desenvolvem na parte mais interna do útero, causando aumento do fluxo e do período menstrual.

Sintomas

Em muitos casos, os miomas são assintomáticos, assim como muitas doenças do sistema reprodutivo feminino. Essa é uma das razões pelas quais as mulheres devem fazer um acompanhamento médico de rotina.

Nos casos que provocam sintomas, os mais comuns são, dependendo do tipo de mioma:

Exames e diagnóstico

Os principais exames que identificam a presença dos miomas são o exame ginecológico e a ultrassonografia pélvica. Outros exames mais complexos também podem auxiliar o médico a fechar o diagnóstico em casos mais difíceis de detectar a doença, como a ressonância magnética nuclear.

Tratamentos

Há dois tipos de tratamento de miomas: medicamentoso ou cirúrgico, dependendo do caso e da gravidade da doença, considerando as dimensões e a quantidade de nódulos. Os medicamentos que tratam miomas fazem a doença regredir, mas não oferecem a cura completa da doença. Já os procedimentos cirúrgicos podem ser não invasivos (ou minimamente invasivos) ou invasivos.

Tratamento com medicamentos

Os medicamentos disponíveis para o tratamento dos miomas são: anticoncepcionais, anti-inflamatórios não hormonais, que servem para aliviar a dor. Esses medicamentos podem ser orais ou injetáveis.

O médico avalia o resultado dos exames e propõe o melhor tratamento e posologia.

Tratamento cirúrgico

As cirurgias podem ser não invasivas (ou minimamente invasivas) ou invasivas. Na primeira classe estão, principalmente, a miomectomia histeroscópica e a embolização da artéria uterina. Já a cirurgia invasiva mais realizada é a videolaparoscopia, na qual o médico retira o mioma por via laparoscópica.

Na avaliação do melhor tratamento, o médico precisa considerar se a mulher planeja uma futura gravidez ou não, pois isso interfere no tipo de tratamento que poderá ser adotado.

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