Uretrite

A uretra é o canal que vai da bexiga até o orifício urinário na glande, pelo qual o corpo elimina a urina. No homem, o canal tem uma função adicional: a passagem do esperma durante a ejaculação. A uretra é fundamental, portanto, tanto para o sistema urinário como para o sistema reprodutor.

Uretrite é um termo que abrange diversos tipos de infecções ou inflamações da uretra que afeta tanto homens como mulheres. A doença pode ser de origem bacteriana, química, viral, traumática ou psicogênica. As uretrites de causa bacteriana são as mais comuns e podem ser provocadas por diferentes espécies de bactérias, como gonococo, clamídia ou Escherichia coli. Elas ainda se dividem em gonocócicas, causadas pela bactéria Nesseria gonorrheae, que pode se instalar também no ânus e na faringe, e não gonocócicas, causadas por outros agentes infecciosos, como a Chlamydia trachomatis, a Trichomonas vaginalis, entre outros.

As uretrites de origem química, viral, traumática ou psicogênica são menos frequentes, mas também exigem cuidados. As químicas são provocadas por espermicidas que geralmente são utilizados durante a relação sexual. As virais já são desencadeadas por outras DST, como o HPV. As traumáticas são resultado de cirurgias mal executadas ou de algum tipo de corpo estranho que penetre na uretra. As psicogênicas são provocadas por distúrbios psicológicos ou emocionais e são as mais raras entre as uretrites.

As uretrites bacterianas, transmitidas por contato sexual, são as mais comuns, portanto uma forma eficaz de preveni-las é utilizando preservativo em todas as relações sexuais, principalmente quando o homem ou a mulher têm mais de um parceiro. Pela mesma razão, a doença é mais comum entre a população sexualmente ativa, entre os 20 e os 35 anos de idade.

A uretrite, se não tratada, pode provocar a infertilidade feminina e masculina, contaminar o bebê durante a gravidez e causar outras doenças no homem, como a prostatite, a orquite e a epididimite.

Sintomas

Os sintomas da uretrite também precisam ser divididos em gonocócicos e não gonocócicos, já que os agentes causadores são diferentes e provocam reações diversas. As uretrites não gonocócicas, muitas vezes, são assintomáticas, já que elas podem ser causadas pela clamídia (leia infecções por clamídia).

Os sintomas das uretrites gonocócicas são:

Quando as uretrites não gonocócicas provocam sintomas, o homem ou a mulher podem sentir leve dor e dificuldade ao urinar e coceira na região.

Diagnóstico

Para investigar e fazer o diagnóstico de uretrite, o médico precisa realizar uma anamnese detalhada e um exame físico, que poderão oferecer informações importantes sobre o quadro da ou do paciente.

Caso não seja possível determinar a doença ou o agente causador, outros exames poderão ser solicitados. O principal deles é o exame de urina para identificar o agente causador e a presença de DST, mas há outros complementares, como a análise da secreção uretral e exame de sangue, importantes para descartar outros problemas de saúde.

Tratamentos

O tratamento da uretrite está relacionado à origem da infecção e é feito com medicamentos orais ou injetáveis. As infecções bacterianas são tratadas com antibióticos e as virais, com antivirais. O médico também pode prescrever analgésicos, se o paciente tiver dor.

Como a doença tem diversas origens, muitos são os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento. O médico precisa avaliar cada caso para propor o tratamento mais adequado.

Independentemente da origem da infecção, o parceiro também deve ser tratado para evitar nova contaminação.

O tratamento adequado da uretrite não deixa sequelas nem traz complicações.

Consequências da falta de tratamento

O tratamento inadequado da uretrite pode trazer diversas consequências para mulheres e homens. As mulheres podem desenvolver cistite, cervicite (inflamação do colo do útero) e doença inflamatória pélvica (DIP), e os homens, cistite, epididimite, orquite e/ou prostatite. Em casos mais graves de uretrite, o canal pode estreitar e provocar outros problemas.

Últimas postagens do blog
Gravidez na menopausa

Fertilidade de PCDs

Não espere, congele: gravidez independente